O desenvolvimento da linguagem e da fala humana iniciam muito cedo. Para se ter uma ideia, desde o período gestacional o bebê pode ouvir sons por volta da 12ª semana de gestação, e responder aos sons de fala com movimentos a partir da 24ª semana. Assim, o reconhecimento das vozes e outros sons evolui continuamente após o nascimento, junto das formas não-verbais de comunicação, como o olhar para o rosto das pessoas, sorrir para elas, e iniciar a vocalização (a chamada linguagem de bebês). Por volta de 1 ano de idade, a compreensão de palavras deve ter avançado e espera-se o “papa” e “mama”, que enchem os pais de alegria e marcam o que se espera com início do desenvolvimento da fala propriamente dito.
O atraso de linguagem, caracteriza-se pela ausência ou retardo no surgimento da linguagem oral, na idade em que isso normalmente ocorre. O atraso de linguagem pode ser identificado nas crianças que apresentam ausência da linguagem oral, articulação pobre, vocabulário deficiente para sua idade, dificuldades na estruturação de sentenças e dificuldades em organizar o pensamento.
Desenvolvimento esperado da linguagem | |
0 – 3 meses | Presta atenção a sons, acalma com a voz do cuidador, emite alguns sons. |
3 – 6 meses | Emite sons como se estivesse conversando, imita alguns sons que ouve. |
6 – 12 meses | Entende “não”, tchau e outras palavras comuns, começa falar palavras ou sílabas simples. |
12 – 18 meses | Identifica partes do corpo, aponta o que quer, pode combinar palavras simples. |
18 – 24 meses | Combina palavras, fala em torno de 20 palavras diferentes |
2 – 3 anos | Fala frases de 2 a 3 palavras, responde sim e não, pode ter fala ainda não totalmente compreensível |
Até 4 anos | Pode ter dificuldade como “R” e encontros consonantais como “LH”, mas fala frases e relatos, inventa histórias |
A mãe, pai, cuidador ao perceber o atraso de linguagem devem procurar o fonoaudiólogo pois, quanto mais cedo a criança iniciar o tratamento, maiores serão as possibilidades de superação. Em alguns casos a própria família pode ser orientada e a criança não necessitar de terapia.